O advogado Matheus Felipe Castro, que fez a defesa de Ricardo Vieira, disse que as três testemunhas apresentadas por Dário eram ligadas ao prefeito. — Estou aliviado. Estamos diante de um golpe. Se essa casa condena sem provas abriria um precedente perigoso. Criaram factoides e colocaram meu nome na vala comum — afirmou Ricardo. O advogado de Asael, Celso Bedin, disse que deve entrar na justiça contra o vereador João da Bega por calúnia e difamação. Mas tem prazo de seis meses para ingressar com ação penal.
SEGUNDA DERROTA DO EXECUTIVO...
A eleição do demista foi considerada uma derrota para o prefeito Dário Berger (PMDB), que apoiava Bega. Na segunda-feira, o Executivo sofreu novo revés político com a absolvição dos dois vereadores.
O mesmo teria ocorrido, com o vereador Ricardo, que por intermediários teria solicitado o valor de R$ 230 mil. Os dois acusados sempre negaram o envolvimento com pedido de dinheiro.
— Estou aliviado — disse Asael após ser inocentado do pedido de cassação. Ele se retirou do plenário e foi ao gabinete.
A sua defesa foi baseada em dois pontos: provar que é uma pessoa idônea e que não houve alteração de conduta dele, que era vice-líder do governo (prefeito Dário Berger) e depois virou oposição. Asael Pereira votou em Jaime Tonello para presidente da Câmara.
— Foi um grito de liberdade. O prefeito queria fazer da Câmara um cartório, que aprova os projetos do Executivo. Eu era considerado um vereador mandado pelo prefeito. A acusação é uma manobra e jogo político — disse Asael.
As denúncias contra os dois vereadores continuam sob investigação na Polícia Civil e no Ministério Público. Eles vão recorrer à Justiça pelo crime de calúnia e difamação.
— Houve uma mudança de estratégia na nossa defesa. Pela fragilidade das denúncias, resolvi enfrentar o plenário e não suspender a sessão na Justiça. Asael só recebeu os votos do prefeito e não dos vereadores —, disse o advogado de Asael.
João Amin também comentou o caso:
— Uma tentativa de calar a independencia da Câmara —, disse Amin.
João da Bega manteve as acusações:
— O plenário é soberano. Mas até o último dias de minha vida vou continuar afirmando tudo que sempre afirmei. Os indiciados devem fazer um exame de consciência e pedir desculpa para a sociedade florianopolitana —, disse.
DEM: Jaime Tonello - não
PSB: Asael Pereira - não vota
PP: João Aurélio Valente Júnior - não
PMDB: Celso Sandrini - sim
DEM: Cesar Faria - não
PP: Dalmo Meneses - não
PSB: Edinon Manoel Rosa - sim
DEM: Erádio Gonçalves - não
PMDB: Gean Loureiro - sim
PP: João Amin - não
PMDB: João da Bega - sim
PPS: Marcos Espindola - não
PMDB: Norberto Stroisch - sim
PT: Lino Peres - não
PR: Renato Geske - sim
PCdoB: Ricardo Vieira - não



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