emporal do dia 11 de janeiro na região serrana do Estado do Rio de Janeiro, ter liberado o primeiro pagamento da parcela do Aluguel Social - benefício que varia de R$ 400 a R$ 500 e será pago pelos próximos 12 meses – muitos moradores ainda se queixam de problemas para receber o pagamento. Tragédia das chuvas Um forte temporal atingiu a região serrana do Estado do Rio de Janeiro entre a noite de 11 de janeiro e a manhã do dia seguinte. Choveu em 24 horas o esperado para o mês inteiro e o resultado foi a maior tragédia climática registrada no país, segundo especialistas de várias áreas. Deslizamentos de terra e enchentes mataram mais de 900 pessoas e quase 400 desaparecidas. Cerca de 30 mil sobreviventes ficaram desalojados ou desabrigados. Escolas, ginásios esportivos e igrejas viraram abrigos. Hospitais ficaram cheios de feridos na primeira semana; estando a maioria já recuperada. Cerca de 15 dias depois da catástrofe, doenças como leptospirose (provocada pelo contato com a urina de rato) começaram a assolar a população. Autoridades então passaram a monitorar casos confirmados e pacientes suspeitos, além de educar o povo em relação à prevenção.
Segundo Peter Washington Siqueira de Araujo, morador do Caleme, seu nome consta das listagens mas o seu benefício ainda na foi disponibilizado.
- Ainda não consegui receber o dinheiro que eu tenho direito. Isto aqui está uma bagunça. Disseram que eu só vou conseguir pegar o aluguel só entre o dia 26 ou 28 de fevereiro.
Outra moradora que também questiona o pagamento é Cláudia Carreiro de Barros, antiga residente do bairro Poço dos Peixes, que também informou não ter conseguido retirar o pagamento.
Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Desenvolvimento Social da cidade, recebeu todos que estavam na listagem realizada pelo governo (na qual constavam 2500 nomes). A listagem da prefeitura (com mais 1000 nomes autorizados às pressas pelo prefeito Jorge Mário Sedlacek após confusão diante da prefeitura)
Mesmo com as adversidades, aqueles moradores que conseguiram receber o benefício respiram aliviados. Marcilene da Silva Rodrigues, mãe de três filhos e ex-moradora do bairro Salaco – região severamente atingida – é uma das vítimas da tragédia que agradece. Desempregada, ela está fazendo trabalho voluntário na cozinha do abrigo onde está com toda a sua família.
– Estamos todos tentando seguir em frente. Enquanto ajudo na alimentação, ocupo a cabeça.
De acordo com o secretário de Assistência Social e Direitos Humanos, Rodrigo Neves, as famílias não inscritas no CAD Único, orientadas pela Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, prefeituras e Caixa Econômica Federal, abriram conta simplificada específica para o aluguel social, e começarão a receber o auxílio no próximo dia 24.
– É a primeira vez no Brasil que a plataforma CAD Único/Bolsa Família é utilizada para o programa. Foi fundamental para dar agilidade e transparência ao cadastramento e pagamento do aluguel social, além de possibilitar o acompanhamento dessas famílias.
As cidades de Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Sumidouro, São José do Vale do Rio Preto, Bom Jardim e Areal foram as mais afetadas e decretaram estado de calamidade pública. Serviços como água, luz e telefone foram interrompidos, estradas foram interditadas, pontes caíram e bairros ficaram isolados durante alguns dias.



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