Segundo Crivella, o salário mínimo precisa ter a correção da inflação do período, além de um aumento real, o que é atualmente é calculado tendo por base o crescimento do PIB dois anos anteriores. Se, contudo, o crescimento da economia for abaixo do esperado – como ocorreu em 2009 –, será garantido um aumento real mínimo de 2%. “Espero que com esse projeto, a gente possa garantir sempre aumento real do salário mínimo, mesmo quando não houver crescimento, o que eu espero que não ocorra nos próximos anos”, afirmou. Na opinião do senador, o salário mínimo ainda é pouco, "mas tem aumento real, tem poder de compra". Ele disse que sonha com um valor de R$ 2,5 mil. “Mas não podemos fazer isso, porque geraria um caos nas contas públicas e seria apenas um salário nominal, não real. Os brasileiros não poderiam comprar com isso o que compram hoje com os R$ 540,00. Essa é a dura realidade. Nossa preocupação é a inflação. Essa, sim, pode comprometer o nosso futuro”, disse. Crivella lembrou a época em que os brasileiros pagavam caro pela inflação. "Traiçoeira, ela castiga implacavelmente os que ganham menos, porque ela está nos ovos, no leite e no pão. Foi para não ver de novo esse cenário que demos um voto de confiança à presidente Dilma Rousseff”, assinalou Crivella, referindo-se à votação em que o Senado ratificou a proposta do governo de ter um salário mínimo de R$ 545 em 2011.
Agência Senado
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