Deputados criticam Ricardo Teixeira após declarações polêmicas 09 de julho de 2011 •
14h40 • atualizado às 15h31 A revolta dos políticos com as declarações de Ricardo
Teixeira que constam na edição de julho da revista Piauí seguem. O dirigente afirmou
estar "cagando montão" para as investigações contra ele e que fará "maldades"
na Copa do Mundo de 2014, já que no ano seguinte deixará a entidade. Desta vez,
o deputado federal Miro Teixeira (PDT-RJ) declarou que é hora de os interessados
em investigar o dirigente agirem. No caso do legislativo, disse que é preciso
retomar o pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para as devidas
apurações. E chegou a cogitar que o presidente da CBF deva ter alguns "trunfos"
nas mãos. "Não tenho conhecimento sobre os atos dele, mas imagino que deva ter
muita segurança para dizer essas palavras. Deve estar seguro da impossibilidade
de as pessoas fazerem algo contra ele. Porque é tudo muito estranho", afirmou.
O deputado Anthony Garotinho (PR-RJ), que está iniciando os trabalhos
com uma Proposta de Fiscalização e Controle (PFC) para investigar Teixeira
e é um dos atacadados pelo dirigente na reportagem, foi mais longe:
"realmente Ricardo Teixeira vai sair da CBF em 2015, mas o seu destino
mais provável não será sua mansão em Piraí ou Angra dos Reis ou os Estados Unidos.
Será uma cela no sistema penitenciário. Se isso não acontecer, será a
desmoralização total da justiça brasileira e dos órgãos de investigação".
Chico Alencar. Deputado federal (PSOL-RJ), também mostrou irritação.
"Teixeira está dando declarações incompatíveis com o cargo dele.
Está parecendo um descontrole emocional. Só reforça a necessidade do
acompanhamento dos órgãos de controle da sociedade. Apesar de ser uma
entidade privada, ele tem contas a prestar com o Poder Público.
Não pode "cagar e andar" para isso. Essa linguagem se admite de um
torcedor, não de um dirigente. Isso revela uma soberba além da conta
e é péssimo para o Brasil. Se fosse jogo, já teria levado cartão."
O deputado Romário (PSB-RJ) não quis se manifestar sobre as declarações
do presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Segundo ele, apesar de ter
obrigação como parlamentar e cidadão de comentar o caso, preferiu a cautela.
"Não vou falar nada enquanto não averiguar a veracidade dessas palavras.
Já passei por isso. Falei muitas coisas e fui interpretado de forma diferente",
disse. Romário não esteve no encontro com o dirigente, na sede do Comitê
Organizador Local (COL), na última quinta-feira. Deputados da Comissão de
Turismo e Desporto passaram mais de três horas reunidos em visita técnica.
Consultado sobre as declarações do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, o
Supremo Tribunal de Federal (STF) optou por não se manifestar. Em nota, o
tribunal informou que "os ministros do STF não se pronunciam a respeito de
casos que podem chegar a ser julgados pelo Tribunal".
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