Quadrilha indiciada por fraude na OAB


Quadrilha indiciada por fraude na OAB cobrava até
R$ 300 mil por respostas de concursos públicos.

Investigação da Polícia Federal apontou que 152 candidatos fraudaram exame em 2009.
A quadrilha indiciada por fraudar o exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em 2009 cobrava até R$ 304 mil (US$ 150 mil) para fornecer antecipadamente provas para candidatos a outros concursos públicos, afirmou o delegado da Polícia Federal responsável pela investigação, Victor Hugo Rodrigues Alves Ferreira, em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira (11). 

Ainda segundo o delegado, os candidatos suspeitos de fraudar o Exame da Ordem pagaram R$ 50 mil para ter acesso às respostas das provas.

A investigação feita pela Polícia Federal concluiu que, de 1994 a 2009, o mesmo grupo fraudou seis concursos além das três provas da OAB. Foram eles: concurso de agente de polícia federal de 2004, de delegado de polícia federal de 2004, de agente e escrivão de polícia federal em 2001, de auditor-fiscal da Receita Federal de 1994, de agente e oficial de inteligência da ABIN de 2008 e de analista e técnico administrativo da Anac de 2009.

A investigação da PF concluiu que 152 candidatos tiveram acesso antecipado às respostas da prova em 2009. A fraude teria sido cometida por 19 pessoas no exame 2009, 76 no exame 2009.2 e 57 no exame 2009.3. Outros 1.076 “colaram” as provas uns dos outros.

Segundo Ferreira, vários dos 152 indiciados pela fraude atuam como advogados. A corporação, no entanto, não soube informar o número exato. De acordo com o delegado, a exlcusão dos bacharéis do quadro da OAB cabe à própria ordem, que já foi notificada. 

A reportagem tentou entrar em contato com a assessoria de imprensa da Ordem dos Advogados dos Brasil, mas ninguém foi encontrado para comentar o caso.

Na operação, foram expedidos 33 mandados de busca e apreensão, 25 mandados de prisão temporária e 44 mandados de prisão preventiva. Até o momento, foram indiciadas 282 pessoas, foram afastados ou impedidos de tomar posse 62 servidores e foram arrestados os bens de 18 pessoas.

Os suspeitos respondem pelos crimes de formação de quadrilha, estelionato qualificado, receptação, corrupção ativa e passiva, entre outros.

Esquema
No esquema organizado pela quadrilha, um policial rodoviário federal era responsável por abrir o malote que continha os exames. Ele fotografava a prova, que era vendida para o grupo. Para não levantar suspeitas, o lacre rompido do malote era soldado e o material seguia para os locais de prova.

A quadrilha tinha um professor de cada matéria para resolver a prova, que era então vendida para o concurseiro.

Um software foi desenvolvido pela Polícia Federal para apurar dados dos três exames de ordem aplicados em 2009. O sistema rastreou desvios entre as respostas dos candidatos e apontou quais provas tinham as respostas iguais.

Fonte R7

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