Número de mortos é revisado para 232, informa PM


Pelo menos 131 pessoas estão internadas em hospitais de Santa Maria.

Familares passaram mal na hora da identificação
Crédito: Tarsila Pereira
A Brigada Militar (BM) revisou o número de mortos em incêndio em Santa Maria, na região central do Estado. Em entrevista à Rádio Guaíba, o comandante do Batalhão de Operações Especiais (BOE), major Cleberson Braida Bastianello, afirmou que 232 pessoas morreram na tragédia – 120 homens e 112 mulheres. Outras 131 pessoas estão interrnadas em hospitais do município.

Todos os corpos foram retirados da boate após uma identificação prévia por meio de documentação e cruzamento de imagens. Os familiares das vítimas estão tendo acesso ao ginásio municipal para fazer a identificação final. Os parentes estão tendo acesso ao portão de acesso que fica na rua Appel com a Tuiuti em frente à Escola Estadual de Ensino Fundamental Marieta de Ambrósio. Após a indentificação conclusiva, os corpos serão liberados para os atos fúnebres.

Como o ginásio de esportes concentra muito calor, estão sendo usados caminhões frigoríficos para preservar os corpos. "Este evento era de um curso de graduação da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), então as pessoas são muito jovens", lamentou o major.

Incêndio teria começado com sinalizador


O incêndio na boate Kiss – que fica na Rua dos Andradas, Centro de Santa Maria – começou por volta das 3h deste domingo. Cerca de mil pessoas estariam no local, a maioria participando de uma festa organizada por estudantes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Segundo testemunhas, o fogo teria começado quando um dos integrantes de uma banda que acabara de subir ao palço lançou um sinalizador. O comandante do Corpo de Bombeiros, Coronel Guido Pedroso de Melo, afirmou que o objeto teria enconstado numa forração de isopor.

As pessoas não teriam percebido o fogo de imediato, mas assim que o incêndio se espalhou, a correria teve início. Testemunhas relataram que, a princípio, parecia uma briga e os seguranças fizeram um cordão de bloqueio. Mas, quando viram que era um incêndio, liberaram a passagem.

Conforme relatos, os extintores posicionados na frente do palco não funcionaram e a pessoas tiveram que recorrer a equipamentos que ficavam mais distantes. Em pânico, muitos não conseguiram encontrar a única porta de saída do local e correram para os banheiros. Aqueles que conseguiram fugir em direção à saída, ficaram presos nos corrimões, usados para organizar as filas. A boate foi tomada por uma fumaça preta e as pessoas não conseguiam enxergar nada.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, a maioria morreu asfixiada dentro dos banheiros ou na parte dos fundos da boate. Os próprios socorristas passaram mal em razão da fuligem. Muita gente que conseguiu escapar voltou para ajudar os outros,como o dentista Matheus Bortolotto.

Os sobreviventes foram levados para o Hospital de Caridade, o Hospital Universitario de Santa Maria (HUSM) e o Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Os corpos foram encaminhados para o ginásio municipal. 
Fonte: Correio do Povo RS

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