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O laço de Gideão logo se manifesta por meio de Abimeleque, um dos filhos de Gideão. Logo após a morte de seu pai, Abimeleque assassina sessenta e nove dos seus setenta irmãos - sobrevivendo apenas Jotão, que se escondera. A ânsia de poder provocou essa dissidência e Abimeleque proclama a cidade de Siquém - de onde sua mãe era originária - como um estado independente, chegando a dominar sobre todo o Israel durante três anos.
Jotão, compreendendo que a idolatria de seu pai agora se manifestava na rebeldia de Abimeleque, proclama a verdade aos moradores de Siquém: eles deveriam refletir sobre a
escolha que estavam prestes a fazer, seguindo a Abimeleque.
O discurso de Jotão começa com uma advertência: "Ouvi-me... e Deus vos ouvirá" (9.7). Os homens de Siquém estava prontos a seguir um de seus filhos notáveis - Abimeleque - mas não compreendiam o caráter da condenação que pairava sobre ele. Jotão tentava adverti-los a não seguirem Abimeleque, que caíra no laço podre do poder a qualquer custo.
Gideão havia recomendado a todo Israel: "Não dominarei sobre vós, nem tão pouco meu filho dominará sobre vós; o Senhor vos dominará" (8.23). Mas suas palavras foram abafadas pelo seu gesto seguinte, assumindo um poder sacerdotal do qual não fora investido. Quando Abimeleque mata os seus irmãos e oferece-se como "dominador", expoe a sede de poder!
Toda dominação sobre o povo de Deus não pode ser derivada de palavra humana. Antes, qualquer decisão precisa resultar de uma convocação para a igreja, destinada a ser sal e luz do mundo. A igreja que anuncia é a mesma que denuncia. O evangelho é perfume de vida, mas também pode ser perfume de morte. Depende como é utilizado. Se para o bem do povo de Deus e por Ele convocado ou para beneficio humano. Pense nisso...
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